"Certos pavões escondem de todos os olhos a sua cauda - chamando a isso o seu orgulho." F. Nietzsche

20.10.11

Estética Grega: Sócrates, Platão e Aristóteles

Sócrates
Para Sócrates, "o belo é o útil", ou seja... a beleza, para o filósofo não está associada à quão "enfeitado" for um objeto, mas em quão útil ele for!
Por exemplo: A vassoura mais bela, não é aquela cheia de pedrinhas de diamantes, ou cheia de outros ornamentos quaisquer, mas aquela que varre! Aquela que cumpre sua função! Quão belo seria uma vassoura, se quando precisássemos dela, ela não varresse?
Exatamente! Não seria nada "belo".. pelo menos não para o filósofo...

Platão


Já para seu discípulo, Platão, uma  coisa seria mais, ou menos bela, à medida que se aproximasse ou se afastasse de sua essência ideal no mundo das ideias: o mundo inteligível!
 Platão acreditava que tudo o que existe no mundo sensível é apenas uma cópia do que está no mundo inteligível, ou seja, se o que está em nosso mundo já é uma cópia, aquilo que os aritstas pintam ou reproduzem, não chegam nem a isso: é a cópia da cópia...! Está a 3 graus abaixo da "Verdade"; por isso, em seu livro "A República", o filósofo expõe suas opiniões acerca dos artistas, e exprime sua vontade de vê-los fora da República Ideal.

O discípulo de Platão, Aristóteles, possuia uma outra concepção de belo. Para ele, uma obra só poderia ser considerada bela, artística, se fosse capaz de promover a CATARSE em seus admiradores. A catarse, nada mais é que a purificação da alma e das ideias a partir de uma obra de arte, e a catarse por exelência é a tragédia! Por quê? Porque através da tragédia, as pessoas refletiriam sobre o que ela está mostrando, ao contrário da comédia, que apesar de divertida, não promove uma reflexão! Por exemplo, o que nos faria refletir mais? uma boa comédia, onde todos ficam felizes para sempre? Ou uma tragédia, onde as pessoas sofrem e não conseguem atingir o que querem?
Sim, a tragédia nos faz repensar ideias e atitudes, e por isso, é a mais bela expressão artística!

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